domingo, 18 de maio de 2014

Também queremos GLOSAR

Este mote me foi dado pela professora Clotilde Tavares em uma aula no Departamento de Artes da UFRN em 2001 e eu glosei e deixei guardado e agora "espiando" meus arquivos encontrei. Então aí vai ele.
MOTE
Tenho acesa no peito uma fogueira
E toda noite pra mim é de São João

GLOSA
Como o fogo, queimando o pau de lenha,
Como a faca, que corta e causa dor,
Qual paixão, que jamais se torna amor,
Qual estar em lugar que não convenha.
Feito o sol, que nenhum calor detenha,
Vivo assim, qual bandido na prisão,
Qual quimera, que é sempre uma ilusão,
Perecendo durante a vida inteira.
Tenho acesa no peito uma fogueira
E toda noite pra mim é de São João.

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